sábado, 23 de abril de 2011

Na mesma

Não sei quem e porque disse que avançamos muito e rapidamente. Só há evidências do contrário, basta invertermos o prisma.
Estudiosos defendem que somos Homo Sapiens Sapiens( homens que sabem que sabem) um estágio acima dos "evoluídos" Homo Sapiens( homens que sabem) não sei não.
Vejo que modernizamos as barbáries, hoje somos capazes de matar bem mais, com bem menos esforço e ,uito mais distantes. Se compararmos as performances atuais com as dos conquistadores de outrora fica bastante parelha a disputa.
Há pouco mais de quimhentos anos tínhamos a certeza, inquestionável sob pena de morte, de que o planeta Terra era achatado. Aprendemos a voar, alçamos voos cada vez mais altos a ponto de poder avistá-lo de fora, e além de ratificar a sua forma arredondada o apelidamos de planeta azul. Mas até então fomos incapazes dos nos policiarmos sobre o esgotamento de recursos naturais esgotáveis, nada mais óbvio de se concluir uma vez que há uma área delimitada e sem prévisão de expansão. Óbvio para qualquer um, menos para nós mesmos.
Numa análise social mais localizada estou rodeado de muitos ainda contagiados com a crença tola, instituída há mais ou menos quarenta anos, de que o Brasil seria o país do futuro. Os sonhadores e vendedores dessa ilusão de ontem seriam os que poderiam prover a ascensão agora, e?
Registro aqui uma meia culpa por certa conivência, talvez por conveniência ou coisa que o valha. Mas como bem cantara os Paralamas do Sucesso:
" Eu acordo pra trabalhar, corro pra trabalhar, como pra trabalhar, durmo pra trabalhar. Eu não tenho tempo de ter o tempo livre de ser, de nada ter que fazer, eu me encontro perdido nas coisas que eu criei, eu nada sei..., ando cansado demais".


Memento mori et Carpe diem!

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