sábado, 13 de dezembro de 2014

O ter humano.

Pensei, pensei, pensei e nada melhor que Drumond dizer nesse dezembro por mim.


"EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar
cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente."


Carlos Drummond de Andrade


Então, é natal, o que você fez?!


Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Quase passando em branco, quase na Black Friday.


Quase passei em branco no meu blog neste mês de novembro, escrevo quase porque em geral publico dizeres positivistas ou quando menos que isso reflexivo para que se siga adiante, ascendendo.

No entanto, o aumento dom trenzinho do Corcovado em ano que simplesmente expurgaram o período da benesse do Carioquinha, para quem no Rio de Janeiro reside, o reajuste de 26% do salário dos nossos péssimos parlamentares e um presságio de mais uma Black Friday, que baseará na metade do dobro das coisas e ineficiente na maior parte de acessos ao seu meio de compra, quase fizeram-me calar.

Para não perder de uma vez por todas a minha toada de revitalização de espírito e dignificar este mês como o novembro azul, qual campanha contra o câncer, bem bolada diga-se de passagem, cravo aqui um salve a postura ética do CONAR em averiguar a veracidade das anedotas comerciais, que nos contam por aí e a iniciativa da prefeitura de transformar imóveis abandonados em novas salas de cinema na zona Norte do Rio de Janeiro.


Memento mori et carpe diem !

domingo, 5 de outubro de 2014

Eleição, pedidos e simples opiniões.


Hoje vou à urna de cabeça erguida exercer minha cidadania, digno de quem dribla, ou ao menos tenta se desvencilhar das mazelas cotidianas, de maneira honesta, podendo trabalhar e não ser parte da estatística, pagando minhas contas e impostos para que não me amolem, mais do que as adversidades conjunturais, perfeitamente evitáveis e no  entanto persistentes que me amolam na garantia do pão de cada dia.

Pretendo fornecer  votos multidirecionais, humilde opinião, a favor de tudo que possa ser bom para o agregado e não só para mim e alguma minoria absoluta que eu pertença, ainda que nem saiba se pertenço a alguma e contrário aos individualismos mesquinhos, ao sistema eleitoral medíocre que nos oferecem e que nos dispôs, em certos pleitos, candidaturas execráveis e pasmem inelegíveis em aspectos morais e legais.

Ainda que tremendamente desconfiado por conta das atrocidades políticas protagonizadas em nosso convívio desde a fundação disso que chamam de República por aqui, vou aspirante e bem lá no fundo do subconsciente esperançoso de novidades positivas. Serei nulo em pleito presidencial por realmente não enxergar qualquer candidatura verdadeiramente abrangente e descompromissada com falcatruas, de novo, minha opinião.

Nos outros pleitos tenho meus candidatos, os quais pressuponho serem a antítese do mal que insiste em nos rodear. Apenas venho pedir aos eleitores totalmente nulos, parcialmente nulos como eu, não nulos e parcialmente entusiasmados como muitos e cabos eleitorais esfuziantes como outros tantos, que cumpram seus direitos com tom de dever cívico com postura pacífica e em amplo respeito a uma atitude verdadeiramente democrática, em havendo algum confronto,  que seja somente ideológico sem opressões.

Peço a quem vença em primeiro turno ou em segundo, o mais provável, nos governos estaduais do Rio de Janeiro, em muitos outros estados do país e federal, que se inclinem a atender aos anseios da forma mais cosmopolita possível, pois não há ordem e progresso que se alicercem em tratados de partilhas apartados das consequências globais, simples opiniões.#votonulonãoécrime!

Você quer mudar Ô ou DE país?!
Memento mori et carpe diem!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pensando, talvez politizando e seguindo a canção.

Por que na campanha do Aécio a pessoa formadora de alguma opinião e  mais próxima do extrato social menos abastado da sociedade é apenas o Jose Junior, sofista e muitas vezes rebelde por nada, maníaco caçador da conspiração contrária e consequente falador demais, na maioria das vezes?

Por que as alianças da Marina Silva são vanguarda, embora tão insanas e inescrupulosas quanto dos dirigentes atuais deste país, e outras alianças até menos estranhas são um sinal de retrocesso, pelo menos para ela mesma e seus hipnotizados eleitores?


Por que o Pastor Everaldo, até bem pouco tempo atrás bajulador e força de trabalho do governo Dilma, apenas em busca de um Ministério, hoje é avesso as ações que foi no mínimo coadjuvante e digno de Oscar?


Por que o PCO(Partido da Classe Operária) nos ocupa e ocupa seu pouquíssimo tempo de campanha eleitoral apenas chorando contra as agressões contra suas manifestações, vezes não menos brandas aos seus contrários, ainda que se trate de papo de bar?


Por que Fidélix, não se ocupa a dizer como vai resolver a tão reverberada por ele, quebra das finanças do Brasil?


Por que Eduardo Jorge não tenta ser Deputado Estadual ou Federal, cargo eletivo de cunho executor e portanto bem mais alinhado as suas propostas, que até são boas, mas um tanto simplórias para o seu pleito?


Por que Luciana Genro dá sempre um jeito canhestro de versar sobre homofobia, intolerância religiosa e Estado laico, ainda que a abordagem do momento de alguma conversa eleitoral seja a dívida interna e externa, por exemplo?


Por que o fundamentalista PSTU e seu raso, obtuso e arredio candidato Zé Maria, empunham com tanto entusiasmo e tanta redundância as bandeiras sindicais, mais baderneiras que atuantes significativamente para suas classes de trabalhadores, elevando ou diminuindo, como preferirem a candidatura ao nível de Vereador, tamanha falta de amplitude de escopo?


Por que a Dilma não sequer aceita discutir a respeito do inchaço da máquina pública, com seu número recorde de Ministérios e não partiu até então mais efusivamente e com mais sinergia em direção a uma reforma política e tributária?


Por que e o que é a insistente e inócua, por total falta de personalidade política, candidatura do Eymael?


Legalmente falando, Por que Garotinho, Pezão, para governo do estado do RJ e  Cesar Maia para o Senado?


Por total falta de condição de governabilidade e pouca abrangência, por propostas quais experimentos científicos, sem aplicações reais, por que Lindiberg e Crivella?


Por que candidaturas a base de instituição de feriados ou informes que o álcool pode matar quem dirigi em latinhas de cerveja e afins, somente?


Por que diante disso tudo, de tanto desperdício, de tanto tempo de luta tempos atrás o voto nulo é praticamente inaceitável?


Digo-lhes que tal voto é um ato representativo, legítimo e simbólico, contra tudo isso aí que há!


Na esperança que essa diplomática repulsa um dia seja instrumento de revisão de legitimidade versus as atrocidades que nos sujeitam, digo-lhes que voto nulo contra a falta de opção não é crime!!


Você quer mudar Ô ou DE país?!


Memento mori et carpe diem!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

"Saci, você por aqui?!"


Fui alertado hoje pela manhã do dia do folclore e ao mesmo tempo do descaso desta data que décadas atrás tinha o seu lugar de destaque, nos assuntos do dia.

Crenças, descrenças, repulsas ou apegos a parte, o folclore nacional contribuiu muitíssimo para os imaginários saudosos das infâncias, suas obras literárias e até fantasias de carnaval.

Atualmente vemos que datas estrangeiras sobrepõem a de hoje, personagens intrinsecamente internacionais são os prediletos e nem sei sinceramente se as escolas abordam e celebram tal fato.

Discorro sobre a observação e o assunto pelo simples fato de ter na infância, em dias como o de hoje, saído fantasiado, passado um dia de histórias ou estórias, se preferirem, e qual muitos da minha geração e das anteriores a minha, me apegado. Dias como o 22 de agosto, dia do folclore, me permite ainda que sem livro, sem drogas ou máquina do tempo visitar-me e a um mundo um tanto menos complicado.

Adulto, calejado contra certas emoções ( convenção estúpida) me vejo cercado de figuras folclóricas e ainda que de forma torta o folclore sendo celebrado neste ano de 2014 e demais anos eleitorais que passei depois de certa idade e que passarei, dando audiência de artista de rua ao horário eleitoral, ou seria horário boçal eleitoral?

Memento mori et carpe diem!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vambora?!

Em cena, pose ou decisão ainda que derradeira, em primeiro ou último dia útil, não há força que possa me deter!

Ponha lama que resulte de enchente ou enxurrada, friagem de nevasca ou geada, neblina que tente me cegar, não hão de me parar!


" Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá!"


" Eu vou na fé, sim, eu vou na fé, seja o que Deus quiser, eu vou nem que eu tenha que ir à pé!"


Vou com peito aberto, sincero e vezes punhos e semblante cerrados, contra as mazelas e os descrentes em mim do cotidiano!


" Não quero luxo, nem lixo, meu sonho é ser imortal!"


Mesmo algumas vezes sem visto permanente, de estudante ou de turista, para ao menos saber mais um pouco da minha vida, eu vou!


" Por que não?! Por que não?!"



Memento mori et carpe diem!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Vil metal e mental.

O martírio do século é a cobrança de tudo, desde aspectos comportamentais até as finanças, sectárias finanças.
 
Quando instituíram o que conhecemos hoje como dinheiro rechaçaram o valor das intenções, a partir de então ninguém teria acesso ao que fosse importante para si sem antes ser aferida a condição do quanto se poderia pagar.
 
Seletiva e tacitamente os detentores de maior quantidade de dinheiro ou dos meios de como tornar-se um dos maiores detentores passaram a monopolizar todos os passos. Suas imagens fincaram o como se vestir, se alimentar, como e o que escrever e dizer.
 
Consequentemente as relações humanas atingiram um estágio analítico e racional e secundário em termos sensoriais. Convivência tornou-se tema de congressos, algo que outrora era tão automático quanto estar de pé, salvo as guerras das civilizações anteriores que a regaram de sangue, sendo grande parte delas motivadas por anseios econômicos, de um modo geral vivia-se harmoniosamente.


Moedas e inicialmente suas matérias-primas e posteriormente seus valores nominais interferiram diretamente na formação da humanidade, que por cada vez mais posse delas foi gradativa e aceleradamente tornando-se mais desumana. Tempos depois ser importante, ainda que não tão relevante no que tange pacífica convivência, era confirmado por ter um rosto gravado nesses metais e mais tarde em papéis, por reverência servil ou bajuladora ou em honra de uma morte.
 
“Dinheiro é um pedaço de papel que um dia disseram que vale alguma coisa.”
 
Os que disseram, não apenas disseram, impuseram por armas e enorme quantidade de mortes. Palavras aliás assumiram literalmente a função de palavras, apenas palavras, que serviam apenas para dizer e contemporaneamente podem ser pagas para serem proferidas. Pensar que um dia palavra teve peso de tratado, de comércio, de conduta.
 
Através de séculos e de hoje em diante tão somente a condição financeira regulamenta a vida e sobrevivência. Há a convenção generalizada de que “dinheiro move o mundo”, ainda que para isso o encaminhe até uma autodestruição e escravize muitas pessoas.
 
 
Memento mori et carpe diem!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O poder da decisão.


Decidir SEMPRE será algo nervoso, emocionante, emancipador, turbulento, enigmático etc e tal...

Quase tudo só você pode decidir, mas não se cobre, tampouco se culpe e creia que pode. O certo, o errado e o impossível em um mundo tão diverso, vezes até diverso demais, são só uma questão de opinião.

Decidir é um poder que se pode exercer e sendo sobre você, única e exclusivamente seu. Então qual pular de bang jump, andar de montanha russa, saltar de paraquedas, fazer um voo livre, se declarar apaixonadamente, fazer ou receber uma serenata, mergulhar ao lado de tubarões, curta poder decidir para poder ter histórias para contar na vida!

O que você decidir haverá alguém com você, mesmo que seja somente eu.


Memento mori et Carpe diem!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Perde e ganha.

Lançar mão de um periscópio social sobre o Brasil permite a visão dos microscópicos meandros de nós mesmos. Esse forma de análise de tempos em tempos ajuda-nos reconhecer o que temos de bom e de ruim.

Derrubando paradigmas, nos acanha ou constrange expondo o quão somos sedentos maniqueístas autoritários e nos despi de ilusões.


Outros mais experientes enraizaram nas mentes que isso é crescer, no sentido de tornar-se dono de si, por meio de consensos, bulas e até de uso da força instauraram paranoias, que ainda hoje contém os arroubos contra o alienatório "status-co" de tudo.


Perdas e ganhos sistemáticos corroboram fortemente para como tudo e todos estão, vencedores vencidos e camaleônicos satisfeitos insatisfeitos.



"Vivendo aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar."

Até quando?
Você quer mudar Ô ou DE país?!



Memento mori et Carpe diem!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Sangria alienada.

Continua a correria para sabe-se lá onde, para que e por que. Estilo de vida volúvel, volátil apelidado de prático, agente direto de invisibilidades importantes e visibilidades desimportantes.

Viver sem ruminar sobre nós, nossos atos e suas consequências, promove as aceitações impostas, designando quais são os assuntos e pessoas principais existentes à toque de caixa, através de "tiro, porrada e bomba!!"

Cada dia que passa compreendo mais minha predileção, no campo das artes, pela sétima, que celebra, exalta e premia com a pompa e circunstância que merecem os coadjuvantes, plano que gosto de analisar e que quando tidos como melhores, nada mais são que principais no que tinham que tratar, serem ou fazerem.


Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Melhor que ser surdo!

Melhor que ser surdo!


Ouvi o Pelé dizer que não sabemos votar.
Ouvi Agnaldo Timóteo dizer que é pobre quem quer.
Ouvi Xuxa dizer pra deixar essa coisa de manifestação pra lá.
Ouvi Ronaldo Nazário dizer que não se joga copa do mundo em escolas e hospitais.
Ouvi ministros do STF livrarem bandidos políticos de acusação de formação de quadrilha.
Ouvi chamarem a FIFA de instituição mala, só porque quer estádios prontos no prazo.
Ouvi justificativas injustificáveis no ócio recreativo do futebol e do carnaval.
Ouço mentiras sinceras, que não mais me interessam!!
Que pena que não há pálpebras nos ouvidos!!#pensandomorreuumburro?!



Memento mori et carpe diem!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Meu terceto.

Ainda temos como  maior tempo de vida possível um ciclo ternário, cujo um terço tem seu início esvaziado ou ressurgido por traumas ou lampejos de memória de uma atmosfera  maravilhosamente “insana” que denota passe livre para as mais férteis imaginações e outros mundos fantásticos, que embasarão atos do segundo terço, independentemente do quão sofrível ou não tenha sido o primeiro, na maioria dos casos.

Em geral há no segundo terço, nos tempos atuais, uma louvação do encaminhamento a uma precocidade um tanto autodestrutiva, se julgarmos que a celeridade na busca de maior e mais eficaz postura competitiva tornam os aspirantes ao terceiro terço “próspero” e demasiadamente exato, para não escrever pobre de emoções e chato, pessoas cada vez mais secas, sóbrias, insensíveis e opacas.

Quero sim o fim do meu terceto prático, seguro e indolor. Contudo não faltoso de insanidades inofensivas, inundado de subsistência que permita confortavelmente me satisfazer em produzi-la, consumi-la, excretá-la no que não sirva ou exceda e seguir à diante cheio de lucidez, sendo bem quisto, divertido, agente direto ou indireto de aprendizados e saborosamente um aprendiz, até meu último suspiro.


Memento mori et Carpe diem!

terça-feira, 11 de março de 2014

Otarice também é coisa nossa.

" Pra acabar com a malandragem, tem que primeiro devorar todos os otários".
Para nossa vangloriada malandragem, temos como matéria prima a otarice e sendo malandragem coisa exclusiva de brasileiro, podemos grosseiramente depreender que devemos atribuir isso a uma otarice exclusiva.
Mandos, desmandos, manipulações e violências impostas reforçam isso. Existem em todas as áreas atrocidades que temos somente nos lados de cá do globo terrestre.

Incutido em nós desde o nascimento, temos gingado, fala cantada e indolência, que nos rotulam sermos felizes e muito malandros e tal...
Ainda sim eu só peço à Deus um pouco de sapiência e não de malandragem, pois malandros, como acham e achamos que somos, no decorrer da história da humanidade, só me faz crer que não passam de um bando de otários com sorte esgotável.





Memento mori et carpe diem!



domingo, 16 de fevereiro de 2014

Povo happy hour

Estive ausente, acompanhando os acontecimentos recentes e bombas de efeito moral, sinalizadores, sensacionalismos, imprudências, mortes e falácias depois, decidi meter minha colher.

Louvável os que estão engajados nos movimentos e estão cientes do porquê, reconheço que trata-se uma missão bastante difícil e um tanto desarticulada, em se tratando de um emaranhado de reivindicações e causas próprias.

Pena que discorrer sobre a atual gente jovem cabelo ao vento reunida, seja focar em tão pouca gente. Minoria absoluta, taxada por uma maioria também absoluta, como absurda. A alcunha de delinquentes, ainda que não claramente declarada, se dá de forma tácita, por ausências numéricas, por dar de ombros desde o ano passado(2013) a tudo que passou a se ver nas ruas, para os da maioria inerte que se declara, uma tentativa ineficaz de um "deja vu" dos anos sessenta.

Lamento informar que a síndrome "panis et censes" há muito e por meios de muitos bate ponto e dissemina uma confortante letargia.
Em suma, como já ouvi muitos dizerem, se não houver sufoco para desfrutar da cervejinha de sexta-feira( carnaval de todos os anos) e do churrasquinho de gato de domingo( Copa do mundo de 2014) tudo fica bem, porque apesar de tudo, aqui não tem vulcões, tornados, terremotos e outras desgraças naturais e ainda por cima é um país bonito por natureza.





Memento mori et carpe diem!

sábado, 18 de janeiro de 2014

Rolezinhos bossa nova?!

Tenho 35 anos e bem antes das redes sociais existem "rolezinhos", na verdade, estes estão condicionados a existência dos Shopping Centers. Em cidades que aniquilaram as casas, os campinhos de futebol, as peladas de rua e "exilaram" os jovens, com alguma condição, à monotonia dos playgrounds e suas imensas faltas de espaços e restrições e ainda imprensaram os menos favorecidos, aos becos e vielas, menos monótonos, mas um tanto quanto repetitivos da favela, "rolezinhos" em Shopping passaram a representar o máximo da diversidade social. Vale ressaltar que em tempos de 40º centígrados na moleira, paquerar, caminhar, namorar, comer, bater papos e dar "rolezinhos" fica muitíssimo mais agradável nos templos consumistas.

Nada contra, desde que realmente se tenha uma linha de conduta comportamental que não seja invasiva da paz alheia, confesso que fiz muito "rolezinho", quem me conhece sabe, mas não era do tipo algazarra, que em certos momentos a rapaziada de hoje tá fazendo, verdade seja dita, porém penso que quando as Casas Bahia, Ricardo Eletro e Casa e Vídeo, convocam para seus "maravilhosos" saldões instauram um "rolezão", com tamanha algazarra, tamanha inconveniência e tamanha quantidade de gente e há um consenso de que para comprar pode, pode tudo.



Com uma ácida sinceridade digo que há coisas mais prioritárias e realmente mais transgressoras a apurar, estudar, participar, criticar enfim focar e debater com alguma densidade, que estão sendo preteridas a esse pseudomovimento, fui estudante de escola pública e ser alvejado por olhares desconfiados e amedrontados de alguma desordem e ou destruição da paz por estar indo tomar um ar fresco ou ver algo que se tenha interesse em comprar somente por estar uniformizado e sem a mínima algazarra da sua parte e muito mais desproporcional. Ah! Além disso sou negro e fazer isso à paisana, mas nem tão arrumadinho SEMPRE me deixou a mercê desses hipócritas e preconceituosos, simplesmente caguei, andei e estamos aí, pensando em atos muitíssimo maiores e bem mais transformadores, SEMPRE avesso a oportunismos a favor ou contra!


 Enfim, mas eficiente, reflexivo e relevante, seria " rolezar" e nem uma bala nesses locais comprar, ao invés de entrar em embate se pode frequentar ou não e por outro lado, quem tá atacando tal " movimento", tem a mesma faixa etária que a minha e tá no meio pra baixo da pirâmide social, deveria pensar se um dia sequer até os de hoje não frequentou um shopping só pra se refrescar ou andar, sem nada fazer e nada comprar e cair em si que tudo não passa de sensacionalismo e apropriação indébita de supostos ideais socioculturais. Engrossar o caldo com sem teto tá sendo uma imensa debilidade.#pensandomorreuumburro?#prontofalei!




Memento mori et carpe diem!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Janeiro à janeiro...

Sorrateiro chegou, chegando de novo janeiro.
Quente, desde o primeiro minuto do dia primeiro.
Mês festeiro.
Inicial, jovial, sempre pré carnaval, ainda que o carnaval não seja em fevereiro.
Férias colegial, pontapé inicial, veraneio sem pé no freio.
Ano que vem já é!!
Ano passado em boletos atrasados.
Janeiro, quando no oitavo dia eu nasci
Janeiro à janeiro o mundo inteiro recomeçará girar daqui.



Memento mori et carpe diem!