terça-feira, 19 de maio de 2015

De volta para um futuro.

Impressionante como ao estudarmos de forma mais minuciosa o que se deve estudar para alguma profissionalização e ou acesso a algum emprego, ainda que disciplinas vistas e em meu caso em particular com certa audiência valorosa por décadas, nos notamos desinformados ou de uma certa forma iludidos.

Calma, não começo aqui um manifesto contra a estrutura da educação pública que há e espero não se tratar de mais uma verborragia enfadonha, que também há por aí. Prefiro que seja visto tal texto como uma meia culpa, quiçá coletiva, em nível nacional.


Leio e ouço quem trabalha na área ou quem estuda para dentro em breve trabalhar e mais alguns cidadãos ávidos a alguma forma de contribuição renovadora, como eu, queixarem-se de  incongruência entre métodos envolvidos e à quem são aplicados. Os tecnicamente aspirantes a e habilitados muito bem detectam escolas situadas no século IXX, professores no século XX e alunos no século XXI, como pô-los em um mesmo ciclo temporal, de preferência no mais atual deles?


Fica fora a aplicação de energia de 88 Gigawatts para envio de alguns eficientes pensadores da matéria ao passado para revisões e alguns acertos e suas voltas para as manutenções, porque ainda não há conhecimento do que possa gerar tamanha energia e nem matéria que possa resistir a isso. Em observância minha opino que fornecer tablets e permitir seus usos em salas de aulas junto com smartphones, são atos simplistas demais nessa busca.


Falta-nos ( cidadãos, professores, pedagogos, políticos, governantes e alunos) um maior engajamento, vejam bem, escrevo isso sem desmerecer os que são atuantes, só acho que deveria ser um número muitíssimo maior, proporcionalmente ao número de habitantes que temos. Permitam-me um colóquio a respeito das lutas, mas vejo, um tanto distante assumo, a questão remuneratória dos profissionais envolvidos sobrepor as questões estruturais, as quais tratadas como algo indireto e em certos momentos secundário. Sinto falta de mais aclamação de condições ideais para tais " adornos" que vão desde a melhoria de locomoção às escolas, passando por limpeza e conservação das mesmas, horários integrais, inserção de ofícios e novas disciplinas, investimento na atualização dos docentes  e consequente maior estímulo a uma interatividade vertical e horizontal presencial.


Os habitantes das cidades, dos bairos e comunidades se apropriam da participação em solicitações de reformas ou criações de praças, hospitais, UPPs ( Unidades de polícia pacificadora) mas afastam-se, paralisam-se, sentem-se banidos de busca de influência nas escolas, que inclusive em grande número são isoladas de acesso ainda que tão próxima de nós, quase que similar aos dos presídios, por muralhas e convenções convenientes.


Repito, sem querer apontar exclusividades em relação a má situação da nossa educação venho do meu jeito pedir mais adeptos a filosofia de que diferente da diferença é a igualdade e não mais diferença ou indiferença para construção de algo plenamente melhor.


" Quando há um vendaval, tufão ou furacão, o pessimista demais só enxerga e potencializa a destruição e suas consequências iminentes, o otimista demais só enxerga e potencializa a superação árdua e a lembrança contínua de tudo que foi ruim como aprendizado, o realista prepara as velas da sua embarcação para mudança de rota e um futuro definitivamente menos bravio, com o mínimo possível de perdas."



Você quer mudar Ô ou DE país?


Memento mori et carpe diem!