Após
seiscentos anos o Vaticano novamente vai entrar em inventário forçado por
renúncia, hora de avaliar quanto o catolicismo cresceu ou diminuiu em termos de
influência e seguidores e espera-se que reveja condutas e pensamentos de seus
ilustres habitantes.
A saída,
bem menos à francesa que se pudesse desejar, do atual ex-pontífice alemão Bento
XVI nos fará testemunhar mais uma mudança ou manobra da ainda maior religião
monoteísta do nosso planeta, nem que seja de deslocamento de pessoa somente.
Atrelar a
vacância ao estado de saúde, fadiga, fardo pesado e pôr Joseph Alois Ratzinger
instalado em convento no quintal da Capela Sistina mantendo título, cor de
indumentária, nome de batismo apostólico e toda pompa, permite a todo reles
mortal suspeitar que vai-se o anel e ficam as intervenções.
Desde que
Ratzinger sucedeu João Paulo II, há quase oito anos, o ser Papa tem feito cada
vez menos jus a ser pop e quase nada sendo revisado, embora não seja de
costume desde mais ou menos o século XI. Na época de sua eleição, tendo a noção
de que se tratava de um dos maiores publicadores da igreja católica, foi
anunciada a era de consolidação dos pilares da religião alheia ao que estava
mudando e ao que viesse a mudar.
Passou a
faltar um rostinho papal bonitinho na tv e em contraste ao marasmo evolutivo em
termos de doutrina pipocaram ao longo deste mandato más condutas e exposição de
atos vis dos subordinados, tornando inevitável a tendência de rejeição.
Afixionados
em Vaticano e Papas permitam-me mas a mim não importa se haverá aumento ou não
de número de católicos, se demorará ou não a nova escolha, tampouco a cor da
pele e nacionalidade do novo pontífice.
Memento mori et carpe diem!