quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tocando pratos.

Fazem questão de estar a frente de tudo e de todos, na mira dos holofotes e tentam isso a qualquer preço em muitas das vezes.

Talvez esteja rarefeito o orgulho de desenvolver-se ou desenvolver algo junto, ainda que ao fundo nem tão iluminado e não menos importante.

Projetam-se iniciativas, planejam-se as frentes e conceitualmente as primeiras impressões são as que ficam.

Mas e os finais?

Onde andam os belos remates, que ratificam os prefácios e presságios?

Quem se admite ser considerado fim, sem uma pitada de auto questionamento do quanto é capaz?

Onde foram parar os marcantes e conclusivos últimos acordes?

Não entendam esse meu pensamento como uma ópera de exaltação ao último, somente uma alusão aos finais, que quando belos tornam-se transformadores e  imortais.

Aos que venham me lembrar dos romances, mesmo os que são para vida toda, quando as vidas acabarem também irão findar e assim sendo, passa a ser importantíssimo saber como vai estar o amor até lá.

Anda diminuta a infantil, inocente, senil, tola, fagueira, orgulhosa e ofegante espreita de um tocador de pratos para produção de uma "simples" nota de desfecho, ainda que determinem que este  dali muito tempo ou jamais estará apto a produzir um solo de violino.


Memento mori et carpe diem!