Fui alertado hoje pela manhã do dia do folclore e ao
mesmo tempo do descaso desta data que décadas atrás tinha o seu lugar de
destaque, nos assuntos do dia.
Crenças, descrenças, repulsas ou apegos a parte, o
folclore nacional contribuiu muitíssimo para os imaginários saudosos das
infâncias, suas obras literárias e até fantasias de carnaval.
Atualmente vemos que datas estrangeiras sobrepõem a de
hoje, personagens intrinsecamente internacionais são os prediletos e nem sei
sinceramente se as escolas abordam e celebram tal fato.
Discorro sobre a observação e o assunto pelo simples fato
de ter na infância, em dias como o de hoje, saído fantasiado, passado um dia de
histórias ou estórias, se preferirem, e qual muitos da minha geração e das
anteriores a minha, me apegado. Dias como o 22 de agosto, dia do folclore, me
permite ainda que sem livro, sem drogas ou máquina do tempo visitar-me e a um
mundo um tanto menos complicado.
Adulto, calejado contra certas emoções ( convenção
estúpida) me vejo cercado de figuras folclóricas e ainda que de forma torta o
folclore sendo celebrado neste ano de 2014 e demais anos eleitorais que passei
depois de certa idade e que passarei, dando audiência de artista de rua ao
horário eleitoral, ou seria horário boçal eleitoral?
Memento mori et carpe diem!