quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Boas festas e vidas.

As beneficies e as mazelas da vida são substantivos, adjetivos, advérbios, pronomes, verbos coexistentes e por isso inevitáveis. Os opostos bons tendem a ser muito mais efêmeros, quando não tomamos as lições que os ruins nos oferecem, há uma espécie de resignação coletiva em almejar, respirar e compartilhar os bons sentimentos, atos e momentos em um período minúsculo do ano, que por vias de comunicação, esoterismo, folclore, mitologias, religiões ou coisas afim dá-nos a impressão de ser o maior.
As grandes guinadas, os grandes eventos, inventos, as reconciliações, reflexões, realizações, reivindicações e tudo mais que se possa gostar de vivenciar ficam espremidos em uma mísera semana do fim do mês de dezembro e as lições por desabores são varridas para debaixo do tapete ou "apagadas". Desde criança somos "amestrados" a empurrar para tal época as melhores esperas e o que temos de melhor de nós, no que se refere a ajudar aos próximos, mesmo que sejamos seres muito bons. Hoje adulto me questiono se não seria mais coerente e exato lançarmos mão da nossa solidariedade e ofertá-la em vários outros dias dos outros meses de um ano.
Por favor, não me julguem mal amado, mal humorado, rabugento ou coisa que o valha, até porque sou entusiasta dos festejos de  natal e encerramento de ano, mas se assim for, que pelo menos seja considerado um texto ruim que faça lembrar das coisas boas, que como no início escrevi, coexistem, e a importância de tê-las, vivê-las e proporcioná-las a outrem não só por uma semana e sim por um ano inteiro com verdadeiras boas festas e vidas.
 Boas festas!

Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Aquela tal educação.

Educação é mais que ter acesso a bons livros, ter esdudado ou estar estudando com bons professores, poder frequentar ótimas escolas.
Infelizmente ser educado está se tornando algo virtuoso, algo lúdico, algo para estudo, algo excepcional.
Educação tem início em boas ações e manutenção rotineira das mesmas.
É algo que é dever para que tenhamos direito.
Algo que deveria ser cada vez mais e não menos padrão.
Sejamos originais ao sermos repetitivos em bons atos.
Por uma questão de boa educação.

Memento mori et carpe diem!

sábado, 10 de dezembro de 2011

E o palhaço, quem é?

Hoje tem goiabada?!
Tem sim senhor!
Hoje tem marmelada?!
Tem sim senhor!
E o palhaço o que é?!
É ladrão de mulher!
10 de dezembro dia do palhaço. Parabéns aos que nos faz feliz com suas graças e criatividade.
Punição severa aos que nos faz sofrer direto do picadeiro do Congresso Nacional.

Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Embaralhado

Meu processo de criação é meio avesso.
Hora começo pelo fim.
Hora começo pelo começo.
Os meios são frutos de tropeços.

Desse jeito na qualidade subo e desço.
Se rabisco rebuscado,
Ofereço entendimento embolado,
E a alcunha de complicado eu mereço.

Memento mori et Carpe diem!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hetero(gênios) x Homo(gênios)

Passado relativo tempo do auge de todo fuzuê sobre qual a melhor ou pior opção sexual e afirmação ou não afirmação civil decidi dar uns pitacos, leiam bem, pitacos.Teses, simpósios, fóruns e coisas afins deixo para os heteros e homos gênios.
Tanta celeuma, gritaria, definições e indefinições acaba tornando tudo que foi mencionado um retrato fiel do nada.
O novo boato ou a nova falácia é cota em mercado de trabalho, que não passa de um novo dividir para conquistar, pura tentativa de "afirmação" de mais uma minoria, que sonha em mudar a força o curso, como se fora majoritária, para não escrever arbitrária.
Cada qual por seu cada qual, deixando margiado o real sentido de comunidade, os meios justificam os meios para a posse de um quinhão social.
A saída definitivamente não está em nos particionarmos por opção sexual e sim independentemente disso buscarmos uma harmonia convivial.

Memento mori et Carpe diem!

domingo, 20 de novembro de 2011

Consciência humana

Escrevi há algum tempo mas continua valendo.

Nos dias que circundam mais uma celebração de aniversário de Zumbi dos Palmares, nunca me recordo se de nascimento ou de morte, fui tomado por uma reflexão acerca do tema.Ao concentrar-me notei-me parte integrante de uma sociedade altamente sensacionalista, no que tange essa tal consciência negra, que na minha humilde opinião dá nome equivocado a data do dia 20 de novembro, vejam bem, não entendam que sou contra a qualquer homenagem, instituição de feriado ou criação de monumentos, até porque julgo muito mais justo que tantas e tantos outros que temos.Mas penso que cairia melhor chamarmos esses vintes de novembro de Dia da Consciência Humana.
 Mais de cento e vinte anos depois do fim da famigerada escravidão, diga-se de passagem bastante duradoura em nossas terras, nota-se a exaltação com a idéia imprópria de sobreposição da cultura negra em relação as demais.Apresentar-nos sim, mas nunca ocultar as outras, há lugar para todos.Alguns negros bem sucedidos e ou influentes fomentam criações de revistas somente para negros, de canais de tv somente para negros, camisetas com o dizer "100% NEGRO"... e me pergunto, não é também uma forma de racismo?
Isso tudo sem falar nas cotas, que são vistas por estes como a panacéia e vistas por mim como algo    bom desde que não seja perene, um bom paliativo para os que AGORA têm que se colocar na sociedade.
Dentre os vários devaneios meus nas raias da utopia, desejo ver muito mais oportunidade de igualdade de condições de busca de espaço menos marginal para Negros, Brancos, Amarelos e Índios, desejo ver camisetas com os dizeres "100% HUMANO" ou " 100% MISCIGENADO".Porque toda tese intelectual sobre racismo que tenha como ferramente racismo é uma tremenda burrice.
A minha raça não cabe escrever aqui, deixo saber quem me conhece pessoalmente e para quem não me conhecer, leiam esse texto como escrito por um ser humano de músculos, carne e osso, pele e alguma cor.

Memento mori et Carpe diem!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pscico-nômade

 Diversas são as teorias e metodologias para a auto-suficiência e os que demonstram estar mais bem sucedidos e ou na trilha certa são os humanos menos estáticos possível em termos de conhecimento.Nenhuma objeção com as especializações, sobretudo no que se escolhe para viver, mas em tempos de maior expectativa de vida a cada ano que passa, viver não limita-se somente a existir.
 Há atualmente várias possibilidades de "empreendimentos" mentais, tantas são as ofertas, que se tornou bem mais complexa a tarefa de organizá-los para usufruir.
 Nada que nos impossibilite de perambular de forma certeira e plena dentre as emoções, mover a mente oxigena e desvenda a tal plenitude.

Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tudo é tudo? Nada é nada?

 Tudo que vivi não é nada.
 Nada que errei é tudo.
 Tudo que sei é nada.
 Nada a dizer fico mudo.

 Tudo a escrever engasga.
 Nada com que me iludo.
 Tudo na mente embaralha.
 Nada vejo por cima do muro.

 "Nada dessa vida se leva".
 Tudo que fica perpétuo vem de um estudo.
 Nada para as profundezas do nada.
 Tudo quieto, revelador, belo e discreto no fundo.

 Nada é nada?
 Tudo é tudo?
 Fica a sabedoria calada.
 Deixa o dilema para o mundo.

 Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Caramiolando.

Pensar é legal, pena que seja algo tão doloroso pra grande maioria, talvez meu melhor rumo seria a filosofia, vejo os nomes e não sei as origens, logo me desafia, quem dera as pessoas que decidem nossas vidas tivessem essa prática dia a dia.Caramba! não perco essa mania!

Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Vim, não vi e perdi?

Ouvir os mais antigos falarem ou buscar informações de como era o mundo há tempos atrás causa-me uma estranha nostalgia. Saudades do que eu nem vivi, sinto-me inserido em uma geração, que está gerando outra, que foi e é carente de certas benfeitorias da vida.
 Vida que não é melosa, que demanda esforço e volta e meia, até nos sacaneia, só pra desestabilizar as inércias.
 Nos faltam as casualidades capazes de nos concederem obras memoráveis, em meio a tanta velocidade de circulação.
 Somos cada vez mais subtraídos cotidianamente de boas novas, de ternura e de fontes para reencontrá-las para a salvadora adição.

Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Esperar é viver?


Esperar é o que muito se faz nessa vida, se espera para nascer,  para ser chamado,  para ser atendido, se espera o dia, a hora, o ano, o século, a volta, o julgamento, se espera do outro, se espera a morte e não finda a esperança que é a última que morre.Devemos nos cuidar em não confundir o verbo esperar com o parar, viajemos, caminhemos, cantemos, dancemos seguindo a vida e suas circunstanciais canções.


 Memento mori et carpe diem!

sábado, 30 de julho de 2011

Emoção lógica.

No mundo atual toda atrocidade é banal.
Morrer de overdose é legal.
Traição é trivial.
Honestidade quase sobrenatural.
Pensar no outro bestial.
Conviver é difícil.
Quando não se emociona com o racional.

Memento mori et carpe diem!

domingo, 24 de julho de 2011

Eu sou mais eus.

 Sermos diferentes nos confere as autenticidades.
 No entanto moram nas diferenças e seus ajustes as temidas convenções.
 Nada terminantemente contra aos consensos
 Afinal apaziguam e dão as medidas das relações conviviais.

 Muitos tentam ser como outros em jeitos e até posses.
 Felizmente em sua grande maioria em vão.
 Cada um deve ser cada um.
 Mesmo tendo a capcidade interessante de ser cotidianamente muitos em um.

 Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pêndulo das emoções

Devagar  é o tempo, embora achemos o contrário, coisas que acontecem como para todos aconteceram o deixam arrastado, juntam-se as nuvens enxarcadas lá fora, a melancolia, certas angústias, desabores e medos logo moram. Mas sábias e nunca vans são as horas, cada segundo muda tudo e o que está ruim melhora, nesse momento melhora pra mim, pena que para isso não pode ser ao mesmo tempo pra todo mundo assim.  Daí os inquilinos molestadores novamente habitam e são bons em nos iludir que tratam-se do fim, só que há provérbio e certa sabedoria que tudo sempre termina bem e várias vezes a alegria vem, vai, vem, vai, vem...


Memento mori et Carpe diem!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Assino embaixo.

A carta abaixo foi redigida pela professora Amanda Gurgel, educadora do RN que recentemente recusou o premio Brasileiros de Valor do PNBE. Nela, a professora descreve os motivos que a levaram a recusa. Vale a pena passar a diante
Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel

 

Leis ao atacado.

 Pesquisas recentes evidenciam que no Brasil são criadas dezoito leis por dia, o que acumula um saldo impressionante de mais de setenta e cinco mil leis desde 2000. Espetacular também é o número das que não são cumpridas e imensa é a fila das que  demoram sequer a entrar em vigor.
 Quando verificamos os que as fazem entendemos que há um certo mercado de leis. Um cargo aqui, uma aprovação ali, uma propina acolá e assim os que deveriam nos representar mercam.
 Apresento a vocês o Atacadão de leis, onde a compra em volume é mais barata, a venda valerá uma cadeira na bancada.

Memento mori et Carpe diem!

domingo, 3 de julho de 2011

Bendita pedra no caminho.

No Grajaú há uma grande pedra, fica no final, mas fizeram ser uma grande pedra no caminho.
Imitaram alguns que há muito passaram por lá e dismistificaram uns tantos que ficam pelo caminho, achando terem chegado ao final.
 Não se sabe bem ao certo quantos, mas ficou a impressão que não foram muitos a fazer igual.
 Matagal cortante, cajados improvisados, muretas, espinhos, formigas, trilhas, calhas e latidos abaixo.
 Proibidos bichos, lixos, fogueiras e despachos.
 Embrenharam, desbravaram, fotografaram, filmaram, curtiram, celebraram, brindaram o auge de uma diversão matinal.

 Memento mori et Carpe diem!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pedidos a essa juventude.

Rapaziada,

Estudem.
Aumentem sempre suas notas.
Se não forem numéricas, subam o conceito.
Na matemática da vida prefiram somar e multiplicar.
Deixem as divisões e subtrações somente para as adequações.

Lutem.
Não foquem nos pormenores das chamadas minorias.
Abracem os interesses que visem o bem comum.

Amem.
Beijem sem preservativos.
Caso façam amor, façam com preservativos.

Sejam o melhor, do que venha a ser.
Andem de cabeças erguidas.
Olhem nos olhos ao falar.
Paguem suas contas.
Honrem seus nomes.
Tenham muita personalidade.

Tornem-se incendiários aos vinte.
Para serem grandes bombeiros aos quarenta.

Sempre sejam tão jovens.


Memento mori et carpe diem!

Breu.

Em meado de junho um nada me acometeu.
Na segunda quinzena me veio um breu.
Não consigo descrever, porque não vejo.
Não escrevo, por não ter condições de o ler.
Fecho os olhos para me concentrar
E só o escuro incerto e de certa forma seguro
Toma forma e se assemelhar
Se assemelha com o que não enxergo agora
Sem nada a ver com isso passam as horas
Brota a agonia da pouca flora
Rasteiro e incolor fica o jardim da boa nova
Pouca letra aflora
Escassa fica a obra
Felizmente não travou o meu pensar.
Memento mori et Carpe diem!

domingo, 12 de junho de 2011

Pra cima deles!

Volto aqui em junho para escrever sobre o vermelho, mas apesar de ser dia dos namorados, não venho aqui escrever sobre a propriedade da paixão, nem do aumentado de apetite que essa cor proporciona. Aliás é de fome que venho escrever, mas fome de justiça, de acertos de contas.
Nos últimos dias vimos os verdadeiros heróis da nossa sociedade. Afinal, em todo apuros que entramos ou somos submetidos, lá estão eles, os bombeiros.
Após a libertação de centanas deles, que foram aprisionados em um quartel em niterói, só por se manifestarem por salários dignos e melhores condições de trabalho, que prestam para nós, fiquei sinceramente feliz, senti orgulho de tamanha organização e ímpeto.
Que venham outros meses, como foi esse junho vermelho, para cada vez mais conhecermos as realidades e unidos atingirmos o bem comum, nem que seja por meio de agitação de classes.

Memento mori et Carpe diem!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Remendo

Em menos de 24 horas, por algum lâmpejo de ombridade, vergonha ou jogo de cena mesmo José Sarney deu uma descidinha do trono e resolveu rever a asneira que havia dito e feito e já no cair da tarde divulgou que o túnel do tempo receberia imagens do tal acidente que não deveria ter ocorrido, chamado impeachment de um tal Fernando Collor de Mello, que hoje habita sua casa chamada Senado Federal, como um dos componentes da corte.
Talvez tenhamos livros ainda completos daqui a dez anos, só não deixaria a revisão por conta do MEC.

Memento mori et Carpe diem!

Foto não exposta será página de livro rasgado

O que é História ?
Basicamente, trata-se da ciência que estuda o passado para compreensão do presente e futuro.
Seguindo esta premissa saio em defesa dos historiadores e aspirantes a, injustiçados em rede nacional, por quem fez e infelizmente ainda pretende fazer História de maneira, digamos assim, indigesta.
O excelentíssimo senhor José Sarney, simplesmente classificou a retirada do poder do ex-presidente Fernando Collor de Mello como um acidente que não deveria ter ocorrido e pôs na conta destes profissionais a não exposição desta passagem marcante da nossa tão garbosa república da galeria de painéis exposta no Senado Federal batizada de túnel do tempo, que retrata fatos desde o império até os dias atuais, sem nem sequer promover um impeachment.
Após tamanha truculência venho relembrar tal passagem.
Depois de trinta anos, em 1990 o povo brasileiro elegeu, por tão lutadas e sonhadas eleições diretas, como presidente o senhor Fernando Collor de Mello, que tomou posse de posto deixado, por ninguém mais, ninguém menos que José Sarney, com a herança de uma inflação galopante pra lá dos 80% mês. O candidato eleito do então PRN, tinha como alcunha política ser o Caçador de Marajás e adotou como medida mais marcante em seu regime um congelamento ou confisco de bens financeiros que traumatizou bastante a quem não foi conveniente e previamente avisado do bloqueio.
Em 1992 por questões de egos por disputa de aquisição de um jornal influente em Alagoas, território eleitoral do então presidente, e derrota para o tesoureiro da campanha política do mesmo ( Paulo César Farias) seu irmão Pedro Collor resolveu denunciar, não muito caridosamente, um esquema de corrupção para angariar os recursos da empreitada política, em 29/09/92 investigações e CPI mais tarde, 441 votos a 38, uma abstença e 23 ausências o "Caçador de Marajás" foi deposto por impeachment, eis o "acidente", que realmente não deveria ter ocorrido, assim como não deve ocorrer o escamoteamento. Tanta censura só ratifica que a república, da forma que foi instaurada e perdura no Brasil e seus personagens, também o sejam.
Diálogo entre pais e filhos daqui a dez anos:
- Pai, Mãe, o que é esse tal de impeachment, que tá com a página rasgada aqui no meu livro?!
- Nada não filho(a), já passou, já passou.


Memento mori et Carpe diem!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Quem lê sabe mais?

Nos últimos dias foi divulgada uma cartilha com conjugações, digamos assim, não conforme com as normas de nossa língua. Até aí nada demais se pasmem, não fosse feito vista grossa em relação aos erros, alguns muito grosseiros.
Foi feita uma tiragem inicial de mais de quatrocentos mil exemplares, número muitíssimo alto para uma primeira leva, para se ter uma noção uma primeira tiragem de livros de um Paulo Coelho, um dos maiores vendedores de livros do mundo, não passa de cem mil, mas a garantia de absorção desta produção altíssima inicial por parte do governo, deixa a editora em uma situação um tanto confortável, mais precisamente R$ 700.000,00 confortável.
Como justificativa há a explicação de que se busca a formalização de construções verbais que são originárias de um certo costume na maneira de falar e que assim se instauraria uma democratização do idioma. Quando indagados sobre a qualidade do material ou a metodologia, os responsáveis pela revisão e edição, no auge de suas prepotências repugnantes reduzem a zero a possibilidade de nova análise.
O MEC (Ministério da Educação e da Cultura) por sua vez resolveu se abster incialmente desta questão para não aumentar a polêmica. Bem, para que habemos o MEC então?! Essa abstenção inicial sugeri uma omissão conveniente, uma vez que as mais de quatro mil escolas já abastecidas com essa "obra prima" são públicas, onde estão estudando a maioria dos filhos da população "diferenciada"( mais nova alcunha dos cidadãos de baixa renda). Sendo assim não há com que se preocupar, os nascidos em berço esplêndido ficarão ilesos e a educação do país continuará sendo um problema crônico e plataforma de projetos nunca iniciados para campanhas eleitorais, quanto mais idiota melhor para se comprar votos.
Tais constatações abrem as janelas de uma outra discussão sobre todo trâmite de editorial e distribuição de materiais didáticos no Brasil, mas isso implicará em mais um zilhão de caracteres e no esgotamento total de nossas paciências e para que?!
Afinal de contas o povo fora de época de eleição só atrapalha, dificulta tudo é inútil " agente somos inútil !!"


Memento mori et Carpe diem!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Até que ponto proibir?

Deveria ser um pouco proibido proibir
Não digo que deveria ser proibido totalmente.
Afinal, nada mais seria que uma proibição.
Logo, incoerente.

Proibir por proibir
É apenas tolir o diferente
Restringir mal e porcamente.

Quem proibi também se prende
Vive se podando e não segue a corrente
Fica, não avança, se torna perigosa e tendenciosamente temente.

Salvo as mazelas para o corpo e a terceiros .
Nada saudável para a mente.


Memento mori et Carpe diem!

terça-feira, 3 de maio de 2011

O preço de ver poesia.

Viver as mais intenças intensões, sensações e olhar tudo a volta quadro a quadro.
Tudo que permea um reles mortal muitas vezes aumentado.
O tempo mais sábio e mais arrastado.
Pensamentos múltiplos, rabiscos e papéis que dão conta do riscado.

Domínio de curiosidades e variedades.
Maior comunicação, com maior habilidade.
Capacidade perigosa e penosa de administrar segredos e verdades.
Com inícios, meios e fins, como algo bem comum.

Esse preço é acessível a qualquer cor, credo, nacionalidade ou idade.
Aos olhos de quem admira, gasto nenhum.
Mas só quem cotar com a realidade é que saberá, que esse câmbio quase nunca é de um pra um.


Memento mori et Carpe diem!

Ao menestrel com carinho

Senhor garçom faça o favor de nos trazer depressa.
Uma boa música de poesia refinada.
Um Rio de Janeiro dos tempos das fábricas de tecidos e seus apitos.
Dos bondes.
Dos pierrots apaixonados.
Colombinas e Arlequins.

Evoque os sambistas da antiga e os chorões.
Suas musas, os Tangarás e seus violões.
As inspirações sem fim.

Na saideira um batuque de caixa de fósforo.
Uma letra de mesa de botequim.
E jamais deixe essa Vila Isabel e Noel.
Ficarem longe de mim.


Memento mori et Carpe diem!

Se soubesses...

Saber de tudo é impossível.
Saber muito é difícil.
Saber que não sabe muito é saber demais.
Se sabes que não sabes muito.
Sábio por saber que não sabes muito sempre serás.
Se soubesses de tudo.
O nada a ti restarias.
Sabias?


Memento mori et Carpe diem!

Esquecimento

Perigo de todo momento.
Vazio que aumenta com o tempo.
Tropeço que machuca por dentro.
Resulta em descréditos e tormentos.
Tormentos que findam com as lembranças.
Lembranças que são alívio e acalento.
Lembranças...
Perdidas ao vento.


Memento mori et Carpe diem!

sábado, 23 de abril de 2011

Ateliê

Quando me ponho a pensar.
Logo me ponho a escrever.
Quando penso e escrevo o que penso.
Vez ou outra posso sofrer.
Também me alivia.
Daí aparece a alegria.
O que decidir varia.
Ler as circunstâncias municia.
Imaginação e atenção ajudam a tecer.
Tear desse jeito o dia a dia.
Deixa mais brando e sensato o viver.


Memento mori et Carpe diem!

Situação "?"

Como chamamos os pais que têm seus filhos mortos como tiveram os dos alunos da Escola Municipal em Realengo?
Como ficarão as famílias, após as perdas?
A morte do matador é a devida punição ou de certa forma uma libertação irrevogável?
Quem é o maior culpado?
Governo?
Os pais?
Os alunos?
Os professores?
O sistema?
O poder paralelo?
As milícias?
A polícia?
As forças armadas?
A Nasa?
Deus?!
Situação inenarrável, inimaginável, tão sem jeito, tão sem nome, tão..."?"
"Quem ainda é apaixonado pela vida?!"(Martha Medeiros - texto Árvore - Jornal O Globo)

Memento mori et Carpe diem!

Sabedoria, amor e sabores

" A vida deve estar para nós como os vinhos estão para os enólogos".
Não viver intensamente nos enche de lacunas e nos torna impotentes perante qualquer adversidade.
Há que se cuidar no amor para não se render as ciências e metodologias "especializadas".
Vezenquando fugir da premissa do quem combina com quem, torna as coisas deliciosamente mais espontâneas.
Se assim serão emoções duradouras ou efêmeras, deixe que as degustações digam.


Memento mori et Carpe diem!

Ter ou não ter? Eis a nova questão.

O padrão do cotidiano é não ter nada ou quase, não temos dinheiro, não temos políticos, não temos política, não temos governo, não temos Estado.
Há muito perdemos a paciência, a educação, a atitude, a cidadania, a moral e os bons costumes. Não temos segurança, não temos voz, não temos alguém( no sentido literal e primário do verbo) acompanhamos e somos acompanhados, não temos toda privacidade, não temos todas as ruas das cidades, não temos acesso total, não temos informação.
Vale mencionar a casa muito engraçada, nunca vista, somente imaginada e cantada, a qual já não tinha teto, não tinha nada! Não temos vocabulário, porque não temos o hábito da leitura. E o que falar de tempo então, hein?!
Em terra de quem nã tem tanta coisa, quem tem tudo ou quase, devido a pouquíssima parceria, é visto como um ser inatingível, previsível( em suas contantes inovações) monocomático, monossilábico, "monótono".


Memento mori et Carpe diem!

Na mesma

Não sei quem e porque disse que avançamos muito e rapidamente. Só há evidências do contrário, basta invertermos o prisma.
Estudiosos defendem que somos Homo Sapiens Sapiens( homens que sabem que sabem) um estágio acima dos "evoluídos" Homo Sapiens( homens que sabem) não sei não.
Vejo que modernizamos as barbáries, hoje somos capazes de matar bem mais, com bem menos esforço e ,uito mais distantes. Se compararmos as performances atuais com as dos conquistadores de outrora fica bastante parelha a disputa.
Há pouco mais de quimhentos anos tínhamos a certeza, inquestionável sob pena de morte, de que o planeta Terra era achatado. Aprendemos a voar, alçamos voos cada vez mais altos a ponto de poder avistá-lo de fora, e além de ratificar a sua forma arredondada o apelidamos de planeta azul. Mas até então fomos incapazes dos nos policiarmos sobre o esgotamento de recursos naturais esgotáveis, nada mais óbvio de se concluir uma vez que há uma área delimitada e sem prévisão de expansão. Óbvio para qualquer um, menos para nós mesmos.
Numa análise social mais localizada estou rodeado de muitos ainda contagiados com a crença tola, instituída há mais ou menos quarenta anos, de que o Brasil seria o país do futuro. Os sonhadores e vendedores dessa ilusão de ontem seriam os que poderiam prover a ascensão agora, e?
Registro aqui uma meia culpa por certa conivência, talvez por conveniência ou coisa que o valha. Mas como bem cantara os Paralamas do Sucesso:
" Eu acordo pra trabalhar, corro pra trabalhar, como pra trabalhar, durmo pra trabalhar. Eu não tenho tempo de ter o tempo livre de ser, de nada ter que fazer, eu me encontro perdido nas coisas que eu criei, eu nada sei..., ando cansado demais".


Memento mori et Carpe diem!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pra não dizer que não falei do altruísmo.

Nunca vi ninguém desejar à alguém que nasce ser um altruísta, todos desejam saúde( não que seja dispensável) muito dinheiro, sorte(tal qual a saúde essencial) alguns desejam fama, mas não ouvi ainda " Que sejas um altruísta!"
Compreensível, há muito pensar no outro deixou de ser padrão da configuração do ser humano, o eu sobrepôs o nós, o meu ao nosso e então esta característica se perdeu, tornou-se rara a ponto de ter valor de uma virtude.
Penso que não se faz necessário beatificar o indivíduo que a tenha.
Basta aprendermos a lição e multiplicá-la, pensar em outrem vai muito além de prover ao semelhante bens materiais, finanças ou coisa afim, trata-se de lembrar de um dos mandamentos escritos na tábua de Moisés:
" Não queira aos outros o que não desejas a ti mesmo"; Acho que era mais ou menos isso (risos).
O altruísmo nosso de cada dia não resolverá tudo, mas será um grande começo.
Licença Geraldo Vandré:
Venham!
Vamos embora que esperar não é saber, quem sabe das necessidades faz a hora,
não espera acontecer.


Memento mori et Carpe diem!

Intromissão poética

Proparoxítona é proparoxítona.
Paroxítono é proparoxítona.
Oxítona é proparoxítona.
Toda proparoxítona é acentuada.
Porém ser proparoxítona não é propriedade de toda palavra.
As que não são dependem da terminação para serem classificadas.

Bem vindos ao país da escrita diferenciada.
Recentemente modificada.
Ainda não sei se melhorada ou piorada.
"Certeza" mesmo, só de que será "unificada".

Peço desculpas a Bechara e a outros simpatizantes ou estudiosos do idioma, para iniciar o final do meu pensamento fora da toada.

Pois assaltei a gramática.
Assassinei a lógica.
Violentei a métrica.
Cometi uma heresia.
Meti poesia onde devia e não devia.


Memento mori et Carpe diem !

Te conheço? Me conheço?

Cada que passa me convenço mais que ser humano é sempre querer saber.Nem sempre obtemos as respostas e no entanto fazemos contínuas perguntas.
Não conhecemos a si próprio, quem dirá aos demais.
Imerso nesse misterioso mundo interior chego a ter algumas suposições:
Talvez por isso os analistas tenham suas agendas lotadas.
Talvez por isso nos encantemos de forma colossal com os atores e as atrizes, que se divertem e nos diverte nos enganando com mentiras baseadas em fatos reais e destes, alguns, sofram por enganar-se por muito tempo.
Talvez por isso proliferem as várias seitas e religiões.
Talvez por isso nos assolam e semeamos as inúmeras desconfianças.
Todos nós amamos algo, não suportamos algo e temos medo de algo, por mais esquisito que possa parecer.
Suponho que as respostas sobre nós mesmos estejam disponíveis nas simetrias inversas dos espelhos.
Então antes de qualquer julgamento, aconselho que vide os versos diversos.


Memento mori et Carpe diem!

Hesite em hesitar

As chances das coisas capazes de modificarem nossas vidas aparecerem, ao contrário do que se possa imaginar, não são múltiplas.
Ser alguém correto, companheiro de todas as horas, ótimo(a) filho(a), pai, mãe, irmão, irmã, amigo(a) ou degenerar-se a esse ponto é quase o bastante para tal acesso.
Tudo isso nos deixa a beira da plataforma, bem juntos da locomotiva da felicidade. Para embarcar são pré-requisitos um mínimo de ousadia e muita gana.
O trem não é parador e hesitar em entrar estando a frente de uma porta aberta, só pra ter história triste pra contar, sisgnifica perder um ou alguns dos poucos vagões disponíveis.
Protelar a viagem tende a ser um erro irreparável , com o passar do tempo a vitalidade para continuar na correria, encarar o empurra empurra e apertar-se em meio aos demais viajantes fica menor e você deixa de estar ao lado e passa a estar atrás, podendo talvez nunca mais alcançar. Em caso de tombos ou obstáculos que tenha que transpor, "retroceder nunca, render-se jamais"! Go on! Em bom e velho português, vai que é sua!


Memento mori et Carpe diem!

Donas Palavras

Em todo momento vejo palavras, no plantar, no germinar, no nascer, no crescer e no partir.
Sonho com palavras que avisto todos os dias, em todas as horas entre o despertar e o dormir.
Há palavras nas películas mudas, mímicas e músicas, cantadas ou não cantadas.
"Palavras são apenas palavras pequenas, palavras...".
Palavras estão nos tempos, nos dilemas, nas soluções e contratempos.
Vejo palavras nas placas, nas retas, curvas, descidas e subidas de nossa estrada.
Se me perguntarem como escrevo não as tenho para essa dúvida dirimir.
Vocábulos e seus falsetes, mais comuns como metáforas, me conduzem e me conduzirão aos inícios, meios e fins.
Definitivamente não possuo as palavras, elas são donas de mim.

Memento mori et Carpe diem!