sábado, 18 de janeiro de 2014

Rolezinhos bossa nova?!

Tenho 35 anos e bem antes das redes sociais existem "rolezinhos", na verdade, estes estão condicionados a existência dos Shopping Centers. Em cidades que aniquilaram as casas, os campinhos de futebol, as peladas de rua e "exilaram" os jovens, com alguma condição, à monotonia dos playgrounds e suas imensas faltas de espaços e restrições e ainda imprensaram os menos favorecidos, aos becos e vielas, menos monótonos, mas um tanto quanto repetitivos da favela, "rolezinhos" em Shopping passaram a representar o máximo da diversidade social. Vale ressaltar que em tempos de 40º centígrados na moleira, paquerar, caminhar, namorar, comer, bater papos e dar "rolezinhos" fica muitíssimo mais agradável nos templos consumistas.

Nada contra, desde que realmente se tenha uma linha de conduta comportamental que não seja invasiva da paz alheia, confesso que fiz muito "rolezinho", quem me conhece sabe, mas não era do tipo algazarra, que em certos momentos a rapaziada de hoje tá fazendo, verdade seja dita, porém penso que quando as Casas Bahia, Ricardo Eletro e Casa e Vídeo, convocam para seus "maravilhosos" saldões instauram um "rolezão", com tamanha algazarra, tamanha inconveniência e tamanha quantidade de gente e há um consenso de que para comprar pode, pode tudo.



Com uma ácida sinceridade digo que há coisas mais prioritárias e realmente mais transgressoras a apurar, estudar, participar, criticar enfim focar e debater com alguma densidade, que estão sendo preteridas a esse pseudomovimento, fui estudante de escola pública e ser alvejado por olhares desconfiados e amedrontados de alguma desordem e ou destruição da paz por estar indo tomar um ar fresco ou ver algo que se tenha interesse em comprar somente por estar uniformizado e sem a mínima algazarra da sua parte e muito mais desproporcional. Ah! Além disso sou negro e fazer isso à paisana, mas nem tão arrumadinho SEMPRE me deixou a mercê desses hipócritas e preconceituosos, simplesmente caguei, andei e estamos aí, pensando em atos muitíssimo maiores e bem mais transformadores, SEMPRE avesso a oportunismos a favor ou contra!


 Enfim, mas eficiente, reflexivo e relevante, seria " rolezar" e nem uma bala nesses locais comprar, ao invés de entrar em embate se pode frequentar ou não e por outro lado, quem tá atacando tal " movimento", tem a mesma faixa etária que a minha e tá no meio pra baixo da pirâmide social, deveria pensar se um dia sequer até os de hoje não frequentou um shopping só pra se refrescar ou andar, sem nada fazer e nada comprar e cair em si que tudo não passa de sensacionalismo e apropriação indébita de supostos ideais socioculturais. Engrossar o caldo com sem teto tá sendo uma imensa debilidade.#pensandomorreuumburro?#prontofalei!




Memento mori et carpe diem!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Janeiro à janeiro...

Sorrateiro chegou, chegando de novo janeiro.
Quente, desde o primeiro minuto do dia primeiro.
Mês festeiro.
Inicial, jovial, sempre pré carnaval, ainda que o carnaval não seja em fevereiro.
Férias colegial, pontapé inicial, veraneio sem pé no freio.
Ano que vem já é!!
Ano passado em boletos atrasados.
Janeiro, quando no oitavo dia eu nasci
Janeiro à janeiro o mundo inteiro recomeçará girar daqui.



Memento mori et carpe diem!