quinta-feira, 19 de maio de 2011

Quem lê sabe mais?

Nos últimos dias foi divulgada uma cartilha com conjugações, digamos assim, não conforme com as normas de nossa língua. Até aí nada demais se pasmem, não fosse feito vista grossa em relação aos erros, alguns muito grosseiros.
Foi feita uma tiragem inicial de mais de quatrocentos mil exemplares, número muitíssimo alto para uma primeira leva, para se ter uma noção uma primeira tiragem de livros de um Paulo Coelho, um dos maiores vendedores de livros do mundo, não passa de cem mil, mas a garantia de absorção desta produção altíssima inicial por parte do governo, deixa a editora em uma situação um tanto confortável, mais precisamente R$ 700.000,00 confortável.
Como justificativa há a explicação de que se busca a formalização de construções verbais que são originárias de um certo costume na maneira de falar e que assim se instauraria uma democratização do idioma. Quando indagados sobre a qualidade do material ou a metodologia, os responsáveis pela revisão e edição, no auge de suas prepotências repugnantes reduzem a zero a possibilidade de nova análise.
O MEC (Ministério da Educação e da Cultura) por sua vez resolveu se abster incialmente desta questão para não aumentar a polêmica. Bem, para que habemos o MEC então?! Essa abstenção inicial sugeri uma omissão conveniente, uma vez que as mais de quatro mil escolas já abastecidas com essa "obra prima" são públicas, onde estão estudando a maioria dos filhos da população "diferenciada"( mais nova alcunha dos cidadãos de baixa renda). Sendo assim não há com que se preocupar, os nascidos em berço esplêndido ficarão ilesos e a educação do país continuará sendo um problema crônico e plataforma de projetos nunca iniciados para campanhas eleitorais, quanto mais idiota melhor para se comprar votos.
Tais constatações abrem as janelas de uma outra discussão sobre todo trâmite de editorial e distribuição de materiais didáticos no Brasil, mas isso implicará em mais um zilhão de caracteres e no esgotamento total de nossas paciências e para que?!
Afinal de contas o povo fora de época de eleição só atrapalha, dificulta tudo é inútil " agente somos inútil !!"


Memento mori et Carpe diem!

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