quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Se bem me lembro dos dezembros...

Dezembros, em especial em seus fins, terminam começando algo ou algumas coisas.
Anos terminam começando, vidas, ciclos e projetos.
Tempos de fotos, fogos, lágrimas, abraços e confissões.
Ah! Tem as reflexões, sincretismos, ceticismos e religiões.
Dezembros começo dos fins ou finais inaugurais?
Dezembros, sejam ricos ou sejam pobres, sempre festivais...
Então boas festas!


Memento mori et carpe diem!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ei, mundo!!

Permita que se possa apaixonar, amuar, saborear, amar, viajar...
Sem pudor.
Mundo, não alastre, redoma, todo torpor.
Mundo, imundo, vislumbro.
Oferta e sara a dor.
Mundo, gigante e pequeno,
Agitado e sereno,
Seja seguro quando girar.

Dentro do eixo, tudo em seu devido lugar.
Mundo, mostra o sossego enigmático do fundo do mar.
Mundo, permita-nos benevolências e decências para emocionar.



Memento mori et carpe diem!

sábado, 26 de outubro de 2013

Meias palavras, tantas palavras.


Meias palavras, quando meias.
Equivalem a muitas ou a nada?
Meias, encobrem, insinuam.
Palavras, entregam.
Meias palavras fantasiam, aventuram.
Palavras meias narram?
Palavras, são só palavras?
Sê de palavra, se de meias, lave-as!
Meias palavras, são tantas e tantas palavras...


Memento mori et carpe diem!

sábado, 12 de outubro de 2013

" Pra entender o Erê, tem que tá mulequi!!"

Adulto:
- Você parece gato, nem gosta de se molhar
Criança:
- Ué, como gato toma banho?!
Adulto:
- Gato se lava se lambendo.
Alguns segundos pensativos depois...
Criança:
- Quero ver como faz com as costas!!
Adulto:
- Você acredita em fadas?
Criança:
- Claro que acredito!
Adulto:
- Você já viu alguma fada?!
Criança:
- Você já viu um pum?!
Adulto:
- Não, só sinto o mau cheiro!!
Criança:
- Agente não sabe que pum existi?!
Criança que tenho em mim, para o adulto que sou:
- Você quer um mundo pêra, uva, maçã ou salada mista?!
Por um mundo mais lúdico, autêntico, mais aprendiz e muitíssimo melhor, um feliz dia das crianças!!

Memento mori et carpe diem!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Visceral x Virtual.


Tanta interatividade aproxima na mesma proporção que afasta quando podemos saudar alguém no Alaska e assim sendo, deixamos ambos os lados um tanto mais acomodados em buscar um abraço.

Agiliza ao passo que desacelera quando universaliza dialétos descompromissados com alguma correção gramatical e nos torna globalmente semi-analfabetos.

Nos esconde a medida que cada dia mais nos mostra ao podermos ser vasculhados por duplo click em algum link nosso ou que possa estar ao redor de nós.

Faz aparecer cada vez mais gênios que perdem todo seu conteúdo por falta de energia elétrica ou falta de rede.

Torna-me cada vez mais pamonha, em todos os sentidos que esse adjetivo possa ter, ao estar através de um blog e rede social aspirando um mundo mais visceral e um tanto menos virtual.


Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Meu quinhão.

Guardo no crânio terra fértil, que não me canso de arar.
Terapia, passa tempo ou o que faça mais sentido nomear.
Hoje já brota flora esbranquiçada, que espero com o tempo não faltar.
Escritos e boas conversas, para quem tenha curiosidade e ouvidos, são minhas reformas agrárias do pensar.
#pensandomorreuumburro?!

Memento mori et carpe diem!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

QUE ?!!

Por que tudo tem que ter um porquê?
Por que?
Sem por que não se pode crer?
Por que?
Para engrandecer?
Marcar?
Milimetrar?
Render?
Por que?
O que dizer ou escrever?
Em meio a tanto infortúnio, casualidade, calamidade e consenso
O que fazer?
E...
Por que?

Memento mori et carpe diem

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Transformar x ser

Mais um dia se passou e eu e outros tantos milhões, dentre quase duzentos, mais uma vez não lançamos mão da fórmula de Baskaras, matrizes, logs, mesóclises, enclises, do dia do soldado e outras full  utilidades acadêmicas.
Nada contra, mas nada a favor de sermos adestrados somente a isso.
Cabe uma pitada de cidadania, altruísmo, embora a voracidade catedrática abocanhe e engula sem muito mastigar o tempo.
A exaustão da forma de aprendizado que temos, aparta-nos do ser e o rebaixa frente ao ter, mecaniza o consenso vil de que lemas e ideais não podem estar em corações, mentes e sim habitar os bolsos.
Alinhar teoremas, dogmas, doutrinas e conceitos a condutas ilibadas e coletivas é o antídoto contra a carnificina moral e social que há.
Gritos, escritos e dicursos sem linha de comportamento, não passam de inutilidades extremas, qual buzina para aviões.

Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Voem canarinhos! Voem!

Não ser o único e na verdade um em milhões faz qualquer um que assim se sinta municiar, ainda que a distância e somente de palavras, sem se importar com redundância e com orgulho, toda essa gente da gente com tanto brilho no olhar.
 
Brilho, brio e sede de água, que por aqui só poucos passarinhos bebem e dentre os quais alguns já perceberam que a melhor saída é partilhar. Bem irmamente falando.
 
Uma gota d´água, bebida só por carcarás, fez o caldeirão da impaciência transbordar um líquido que quando escorre se espelha feito larva, na forma de marcha ou passeata convoca, aglomera e se bota forte a reivindicar.
 
Tudo bem que há muito vem sendo taxado de algo inútil, estranho e pasmem, incerto. Porém um dia cansa não mudar nada de concreto.
 
Vinte centavos, literalmente simbólicos, não solucionam e tampouco apaziguam os temores, as carências, os excessos, as maracutaias, as conivências, os desmandos e os demais distúrbios nacionais. Falta muito para que o Brasil seja um ninho ideal.
 
Pelo menos foi baratinho o começo, em tempos de jogos da seleção de futebol, da demonstração que no país do inventor do avião há canarinhos a milhão, que insatisfeitos sabem fazer em bando uma mobilização a ponto de aves de rapina ao menos se acuarem.
 
Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Doce fel

Apesar de quererem de nós apenas fragmentos mentais nos cabe entulha-los olhos abaixo e principalmente adentro, sem imposição, do que temos a dizer e realizar. Nas últimas eras falaram, agiram muito por nós, basta!

 Pelo menos para mim.

Cada vez mais perto do que chamam de meia idade, considerando o quanto hoje sabemos que podemos existir, resolvi fincar estacas juntas ao meu redor para proteger todos a quem amo, selecionar bem melhor quem irá talvez se aproximar de mim e viver. Sereno, bondoso, "sin perder la ternura" mas um tanto calejado.

Não, não esta nascendo um monstro, creio haver alguém  desmanchando um romance platônico com certas utopias, para melhor encarar um mundo paralelo a tudo que é de bem, cada segundo mais febril que berra " Decifra-me ou devoro-te!"

Enfim, começo a entender que faz parte da evolução, em certos momentos ser ácido a ponto de tornar-se gastrite ou partícula das mais indigestas para tudo e todos aqueles que se ocupam em somente tolir.


Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tocando pratos.

Fazem questão de estar a frente de tudo e de todos, na mira dos holofotes e tentam isso a qualquer preço em muitas das vezes.

Talvez esteja rarefeito o orgulho de desenvolver-se ou desenvolver algo junto, ainda que ao fundo nem tão iluminado e não menos importante.

Projetam-se iniciativas, planejam-se as frentes e conceitualmente as primeiras impressões são as que ficam.

Mas e os finais?

Onde andam os belos remates, que ratificam os prefácios e presságios?

Quem se admite ser considerado fim, sem uma pitada de auto questionamento do quanto é capaz?

Onde foram parar os marcantes e conclusivos últimos acordes?

Não entendam esse meu pensamento como uma ópera de exaltação ao último, somente uma alusão aos finais, que quando belos tornam-se transformadores e  imortais.

Aos que venham me lembrar dos romances, mesmo os que são para vida toda, quando as vidas acabarem também irão findar e assim sendo, passa a ser importantíssimo saber como vai estar o amor até lá.

Anda diminuta a infantil, inocente, senil, tola, fagueira, orgulhosa e ofegante espreita de um tocador de pratos para produção de uma "simples" nota de desfecho, ainda que determinem que este  dali muito tempo ou jamais estará apto a produzir um solo de violino.


Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Conclave para balanço.


Após seiscentos anos o Vaticano novamente vai entrar em inventário forçado por renúncia, hora de avaliar quanto o catolicismo cresceu ou diminuiu em termos de influência e seguidores e espera-se que reveja condutas e pensamentos de seus ilustres habitantes.

A saída, bem menos à francesa que se pudesse desejar, do atual ex-pontífice alemão Bento XVI nos fará testemunhar mais uma mudança ou manobra da ainda maior religião monoteísta do nosso planeta, nem que seja de deslocamento de pessoa somente.

Atrelar a vacância ao estado de saúde, fadiga, fardo pesado e pôr Joseph Alois Ratzinger instalado em convento no quintal da Capela Sistina mantendo título, cor de indumentária, nome de batismo apostólico e toda pompa, permite a todo reles mortal suspeitar que vai-se o anel e ficam as intervenções.

Desde que Ratzinger sucedeu João Paulo II, há quase oito anos, o ser Papa tem feito cada vez menos jus a ser pop e quase nada sendo revisado, embora não seja de costume desde mais ou menos o século XI. Na época de sua eleição, tendo a noção de que se tratava de um dos maiores publicadores da igreja católica, foi anunciada a era de consolidação dos pilares da religião alheia ao que estava mudando e ao que viesse a mudar.

Passou a faltar um rostinho papal bonitinho na tv e em contraste ao marasmo evolutivo em termos de doutrina pipocaram ao longo deste mandato más condutas e exposição de atos vis dos subordinados, tornando inevitável a tendência de rejeição.

Afixionados em Vaticano e Papas permitam-me mas a mim não importa se haverá aumento ou não de número de católicos, se demorará ou não a nova escolha, tampouco a cor da pele e nacionalidade do novo pontífice.
 
Será verdadeiramente relevante se ao fim de conclave para balanço forem abertas mentes componentes e eleita, além dos portais da fortaleza religiosa de modo a não ser mais porção de terra exógena aos movimentos do mundo, pois do contrário nada mais será que uma marcha ré histórica.

Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Achismos


Achar é lícito, válido e humano, no entanto praticar o achismo em demasia gera oscilações tolas e rima com provável incredulidade.

Embora pareçam ter conhecimento de causas e efeitos da maior parte dos atos e fatos os achadores de plantão soam como chiados de chuviscos de interferência das transmissões.

Vale a pena emitir opiniões desde que haja uma mínima imersão no tema abordado, achar por achar é invasor, excludente, alienador e determinista.

Existem viciados nisso e consequentemente inconvenientes.

Esta prática sem conhecimento de causa geralmente resulta em exposição estúpida e emancipação das razões.

"Eu acho" mais prudente exercer o achismo após análise de conceitos envolvidos ainda que em meio a crescente demanda por rapidez de se posicionar.

A falta desta "preparação" culmina na constituição de um gigantesco labirinto de ideias vazias e sem saída.

O "prêmio" é uma robusta coletânea de desmentidos de si.

Quem sem querer saber acha sobre tudo e todos a todo instante, tende a se achar demais e torna-se volúvel a ponto de poder jamais se encontrar.
 

Memento mori et Carpe diem!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Hum@noides.


Em meio a tanta mecanização e automação dos modos de vida e meu “atraso” me vejo como uma outra espécie de ser humano. Não obter linguagens, estilos e ferramentas atuais, em certos momentos, me faz deslocado.

Tamanhas conectividades e interatividades as quais estamos cada vez mais sujeitos a testemunhar e ou experimentar, resultam na geração espontânea e ainda mais precoce de hum@noides.

Várias pessoas atingem diariamente o estágio de pensar que pensam, quando na verdade não passam de meios ambulantes de reprodução daquilo que outros pensaram.

Foi-se o tempo em que se fazia algo por inteiro em formatos mais densos. Os hum@noides demandam que tudo venha até eles e de preferência em altíssima velocidade, se possível em siglas e sem que seja “pesado” para que se possa quase que instantaneamente compartilhar e assim tornar esse modo de viver senso comum facilmente.

Felizmente há humanos que lançam mão de todas ou parte das modernidades e no entanto saem da caixinha, como acho que deva ser, nem que seja para depois somente opinar com mais autoridade a respeito.

Agindo dessa maneira estarão ilesos desse surto epidêmico de letargia mental, provocado pela existência de aplicativos para tudo e mais um pouco, que seja trivial de ação do ser, que embora mais e mais eletrônico tem um cérebro “simplesmente” analógico.
 

Memento mori et carpe diem!