segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O legado que é meu dever querer.

Vão me chamar de tolo, inconveniente, chato, presunçoso, utópico, enfadonho, mofado, falido, estúpido, mas vou querer.
"Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos..."

Coisa essa, ou melhor, coisas essas que persistem em amolar, irritar quem é de bem, qual a prepotência um tanto medíocre dos que banalizam, normalizam, o curso da nossa humanidade.
Saudade do leme da nossa embarcação virado para uma evolução plena, que infelizmente insistem de forma tenaz mudar.
"Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino..."

Serei pai e tenho o dever de cristalizar em minha cria o repúdio a aceitação mecânica a convenientes e seletas parcimônias e calmarias! Tenho o dever de transferir e ou fomentar os arroubos inquietantes e exigentes juvenis, que embora eu não seja tão ancião aos padrões atuais, a vida através do tempo inexoravelmente e gradativamente afanará de mim!
"Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor, flor e fruto..."

Tenho o dever de querer que minha descendência não tenha medo das agruras, que seja plenamente capaz de vence-las e mais ainda, agente provedor e multiplicador dessas vitórias assaz preparada.
"Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração
Juventude e fé..."

Em suma, é meu dever querer que quem vive, quem está começando a viver e quem vai chegar para conviver na Terra, tenha a partir de agora em diante, já me sentindo bastante atrasado, cada vez mais bons dias!
Apesar de ainda estarmos um tanto díspares disto, muito obrigado Milton Nascimento, pelo legado convocatório disponibilizado!



Memento mori et carpe diem!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Estar inefável.

Certas fases de nossas vidas são indizíveis e no entanto nos impulsionam a tentar expressar o abstrato grandemente bom que nos inspira!
Então extravasa!
Jorra semânticas, metáforas e poesias!
Decanta o que afaga!
Esse mundo que tanto carece,
Ávido recebe e sedia!



Memento mori et carpe diem!