sábado, 30 de julho de 2011

Emoção lógica.

No mundo atual toda atrocidade é banal.
Morrer de overdose é legal.
Traição é trivial.
Honestidade quase sobrenatural.
Pensar no outro bestial.
Conviver é difícil.
Quando não se emociona com o racional.

Memento mori et carpe diem!

domingo, 24 de julho de 2011

Eu sou mais eus.

 Sermos diferentes nos confere as autenticidades.
 No entanto moram nas diferenças e seus ajustes as temidas convenções.
 Nada terminantemente contra aos consensos
 Afinal apaziguam e dão as medidas das relações conviviais.

 Muitos tentam ser como outros em jeitos e até posses.
 Felizmente em sua grande maioria em vão.
 Cada um deve ser cada um.
 Mesmo tendo a capcidade interessante de ser cotidianamente muitos em um.

 Memento mori et carpe diem!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pêndulo das emoções

Devagar  é o tempo, embora achemos o contrário, coisas que acontecem como para todos aconteceram o deixam arrastado, juntam-se as nuvens enxarcadas lá fora, a melancolia, certas angústias, desabores e medos logo moram. Mas sábias e nunca vans são as horas, cada segundo muda tudo e o que está ruim melhora, nesse momento melhora pra mim, pena que para isso não pode ser ao mesmo tempo pra todo mundo assim.  Daí os inquilinos molestadores novamente habitam e são bons em nos iludir que tratam-se do fim, só que há provérbio e certa sabedoria que tudo sempre termina bem e várias vezes a alegria vem, vai, vem, vai, vem...


Memento mori et Carpe diem!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Assino embaixo.

A carta abaixo foi redigida pela professora Amanda Gurgel, educadora do RN que recentemente recusou o premio Brasileiros de Valor do PNBE. Nela, a professora descreve os motivos que a levaram a recusa. Vale a pena passar a diante
Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel

 

Leis ao atacado.

 Pesquisas recentes evidenciam que no Brasil são criadas dezoito leis por dia, o que acumula um saldo impressionante de mais de setenta e cinco mil leis desde 2000. Espetacular também é o número das que não são cumpridas e imensa é a fila das que  demoram sequer a entrar em vigor.
 Quando verificamos os que as fazem entendemos que há um certo mercado de leis. Um cargo aqui, uma aprovação ali, uma propina acolá e assim os que deveriam nos representar mercam.
 Apresento a vocês o Atacadão de leis, onde a compra em volume é mais barata, a venda valerá uma cadeira na bancada.

Memento mori et Carpe diem!

domingo, 3 de julho de 2011

Bendita pedra no caminho.

No Grajaú há uma grande pedra, fica no final, mas fizeram ser uma grande pedra no caminho.
Imitaram alguns que há muito passaram por lá e dismistificaram uns tantos que ficam pelo caminho, achando terem chegado ao final.
 Não se sabe bem ao certo quantos, mas ficou a impressão que não foram muitos a fazer igual.
 Matagal cortante, cajados improvisados, muretas, espinhos, formigas, trilhas, calhas e latidos abaixo.
 Proibidos bichos, lixos, fogueiras e despachos.
 Embrenharam, desbravaram, fotografaram, filmaram, curtiram, celebraram, brindaram o auge de uma diversão matinal.

 Memento mori et Carpe diem!